Colégio dos Bombeiros consegue 77 medalhas de Astronomia e Astronáutica

10 de outubro de 2018 - 12:29 #

FORTALEZA ,CE, BRASIL 02-10-2018: ( Professor e Tenene Romário Fernandes )

Alunos do corpo de bombeiro medalhista de astrologia (Gustavo Simão/ Especial para O POVO)

Setenta e sete alunos do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará (CMCB) ganharam medalhas em competições nacionais de Astronomia e Astronáutica em 2018. Foram 64 premiações obtidas por alunos entre o 6º e o 9º ano do Ensino Fundamental na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e 13, na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog).

 O Ceará conseguiu neste ano 8.330 das 59.497 medalhas dadas pelas duas competições em todo o País, o segundo Estado mais premiado, perdendo apenas para São Paulo. Só na OBA, participaram 770.338 estudantes de 8.456 escolas de todos os estados do Brasil. A organização das competições não divulga o ranking de escolas com maior número de medalhas.

 Para o professor de astronomia do CMCB, João Romário Fernandes, a conquista é resultado direto do esforço de alunos, principalmente após astronomia ser instituída como disciplina obrigatória da grade curricular do 7º ano do Ensino Fundamental, em 2016.

 “A astronomia tem esse poder de transportar o olhar desses meninos a outros patamares, acaba motivando”, acredita o professor, que oferece aulas e material extra para estudantes que não cursem a matéria mas tenham interesse de competir. Este ano, 140 alunos do colégio participaram da olimpíada.

 Romário aponta que, a partir do estudo da astronomia, os alunos acabam se interessando mais por áreas como matemática e física. Ele considera que o ensino da disciplina é importante dentro do cenário mundial atual, em que possibilidades se abrem no sentido de conhecer mais o espaço. “A gente tira um pouco o véu da magia e mostra a ciência”.

 Para a estudante Isabele Freitas, 14, que ganhou neste ano sua segunda medalha de ouro na OBA, o amor pela astronomia veio aos poucos. De início, ela não gostava de ter que ir à aula obrigatoriamente. Hoje, no 8º ano, ela frequenta as aulas por opção. “Todo mundo diz que gosta das estrelas, só que não entende nada sobre elas. Nas aulas, acabei aprendendo coisas que me ajudaram também em outras matérias. A gente entende muito mais como as coisas funcionam, a gente vê as coisas acontecendo”, justifica.

 Ela afirma que a primeira medalha serviu como incentivo para continuar. “Foi quando eu vi que tinha valido a pena. Vai dando confiança para a pessoa, você sabe que está ganhando um conhecimento que é muito importante”, conta.

 A estudante Damarys Miranda, 13, conseguiu seu primeiro ouro neste ano, após uma prata em 2017. “O que mais me chamou atenção foi ver como a gente é pequeno em comparação a tudo que toca a gente”, reflete. Ela fala que os ensinamentos adquiridos mudaram sua maneira de ver o mundo, sendo a medalha de ouro a “realização de um sonho”.

 Participando pela primeira vez da Mobfog, o estudante Ryan Lopes, 16, conseguiu bronze na competição ao lançar um foguete feito por ele na distância de 126 metros. O interesse pela astronomia surgiu para ele por meio das aulas obrigatórias. “Eu me interessei e quando eu fui ver o foguete já estava voando. Eu vou querer continuar mais e mais”, garante.