Colégio dos Bombeiros promove aula de campo no Museu Senzala Negro Liberto

22 de agosto de 2025 - 19:43 #

Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB) | Capitão Francisco Eduardo Fideles Dutra

Colégio dos Bombeiros promove aula de campo no Museu Senzala Negro Liberto

Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB)

Estudantes do 7º ano visitam o Museu Senzala Negro Liberto, em Redenção, em atividade que combina ensino histórico e reflexão social. Turma 7º A inaugurou a programação nesta quinta-feira (21/08).

O Colégio Militar do Corpo de Bombeiros iniciou nesta quinta-feira, 21 de agosto, uma série de visitas pedagógicas ao Museu Senzala Negro Liberto, localizado em Redenção (CE). A atividade integra a grade avaliativa das turmas do 7º ano e busca aprofundar, por meio da imersão histórica, o aprendizado sobre o período escravocrata e o processo de abolição no Ceará.

A turma do 7º A foi a primeira a participar. Nos próximos dias, será a vez dos estudantes do 7º B (28/08) e 7º C (04/09). O transporte sairá da escola às 6h30, com retorno previsto para 11h. Após o retorno, haverá almoço no colégio e seguimento das aulas normais.

Vivência que marca

A aluna Alicia Melo, do 7º A, descreveu a experiência como transformadora. “Na senzala escura e abafada, a gente sente na pele a brutalidade da escravidão. Os guias mostram instrumentos de tortura e nos fazem encarar o passado”, relata. “Mas também falam da força dos negros libertos, que transformaram dor em resistência. É uma ferida aberta que não podemos esquecer.”

Um Museu, Múltiplas Histórias

A princípio, Instalado no Engenho Livramento, o museu é um dos poucos do país que mantém casa-grande e senzala sob o mesmo teto – construção rara e cheia de significados. Bem como, fundado em 1873, o local tornou-se símbolo de liberdade ao alforriar todos os escravizados em 25 de março de 1883, cinco anos antes da Lei Áurea, fazendo de Redenção a primeira cidade a abolir a escravidão no Brasil.

Neste sentido, além de instrumentos de tortura e objetos originais, o local preserva a ambiência opressiva do subsolo onde as pessoas eram mantidas cativas. A visita guiada percorre ainda canavial, moageira de cana e o Mercado da Sinhá, com produtos regionais.

Por fim, a iniciativa do colégio vai além do conteúdo programático: é um exercício de memória, verdade e respeito, com papel essencial na formação de consciência histórica e no enfrentamento ao racismo.

Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB)