Alunos do CMCB atingem marca de medalha na Mostra Brasileira de Foguetes durante trabalho

Na manhã desta terça-feira (28), quem passava pela Avenida Presidente Castelo Branco, ao lado da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará, pôde testemunhar dezenas de objetos rasgando os céus acima do maior quartel da Marinha no estado. Os foguetes, feitos de garrafa PET, foram lançados por alunos do 7º ano do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros a partir de bases de cano de PVC, impulsionados apenas por água e ar comprimido. Divididos em equipes, eles faziam suas últimas tentativas de lançamento, que valiam nota para a disciplina de Astronomia, uma peculiaridade da escola.

“Seguimos rigorosamente, dentro do trabalho proposto na disciplina, os critérios apresentados pela organização da Mostra Brasileira de Foguetes para lançamentos de foguetes por alunos do Ensino Fundamental II. Queríamos garantir que eventuais bons desempenhos, devidamente medidos e registrados em vídeo, pudessem ser inscritos na Mostra”, explica o primeiro-tenente João Romário Fernandes Filho, professor de Astronomia do CMCB.

A dedicação das equipes, formadas por até três alunos, foi recompensada. Cinco foguetes bateram a casa dos 125 metros de alcance horizontal, o patamar que, na última edição da Mostra, garantia aos participantes a medalha de bronze.

“A construção do foguete foi feita com o grupo junto. Montamos a base com informações dadas pelo nosso professor e obtidas pela internet. Montada a base, montamos os foguetes com o maior cuidado possível, com aletas e bicos de pasta de documento e pesos com balão e massinha de modelar para melhorar a aerodinâmica e fazermos bonito. Nossa meta no início seria apenas alcançar uma boa nota, mas a “ambição” aumentou à medida que os lançamentos melhoravam. Com o índice de medalha batido, saímos muito felizes e com aprendizados novos dessa experiência”, explica a aluna Bianca Oliveira Lima, integrante da primeira equipe a bater a casa dos 125 metros de alcance com o foguete.

Os lançamentos foram feitos ao longo de todo o bimestre, inicialmente dentro da escola. Porém, à medida que o alcance dos foguetes aumentava, com o aprimoramento das técnicas utilizadas, o espaço interno do colégio já não comportava mais as experiências. Cada turma fez duas sessões de lançamento nas adjacências da escola, em ruas pouco movimentadas e descampados, antes da sessão final. Para uma das turmas, ela aconteceu no Estádio Eudoro Corrêa, do Colégio Militar de Fortaleza, na última sexta-feira (24). Para as demais, ela teve lugar na manhã desta terça-feira, na Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará