CMCB REALIZA VISITA E AÇÃO SOCIAL NA SOCIEDADE DE ASSISTÊNCIA AOS CEGOS

28 de junho de 2018 - 08:55

Na manhã desta quarta-feira, 06 de junho de 2018, os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB), tiveram a oportunidade de participar de uma aula diferenciada: Visita ao Instituto dos Cegos, estimulando ainda sentimentos de solidariedade em nossos alunos com a doação de mantimentos para a entidade. A Sociedade de Assistência aos Cegos, entidade filantrópica que atende desde a parte educacional até a parte clínica à crianças e adultos com deficiência visual, baixa visão e cegueira.

A visita à instituição foi uma culminância do Projeto idealizado pelas professoras Ana Patrícia de Sá Freitas e Daniela Feitosa de Sousa Araújo, tendo como tema “As diferentes formas de Aprendizagem”. A inclusão e acessibilidade são carros-chefe desse projeto, que teve como objetivo principal demonstrar na prática que a aprendizagem ocorre de várias maneiras, independente das habilidades e/ou deficiências de cada indivíduo.

Dentro desse contexto diferenciado de aprendizagem, as professoras abordaram as diferentes formas de aprender, bem como também aspectos da escrita no Braille. Assim foram estudados, observados e principalmente vivenciados pela turma como se dá a aprendizagem nas disciplinas de língua Portuguesa, Produção textual, Literatura, aspectos gerais da linguagem e Matemática. É importante ressaltar, também, os fatos relevantes da história e de aspectos geográficos, que relatam a conquista e o crescimento de pessoas com deficiência visual a partir de Louis Braille, que foi o precursor e o mentor de todo esse processo de aprendizagem.

Durante a visita guiada pela professora Andréa Barros foi possível observar e conhecer todo o trabalho desenvolvido na escola e Nos recursos de apoio, que auxiliam na leitura e escrita, como computador e a impressora em Braille, computadores com processadores de textos em escrita em Branco, softwares de digitação com comando de voz, sala de ciências, com trabalhos manuais realizados pelos alunos, jogos matemáticos, sala de artes, dentre outros.

Os alunos Pedro Malta de Sousa e Rafaelle Soares Freitas, 09 anos, assim se manifestam por ocasião da visita: “Não imaginávamos tantas maneiras de aprender, assim mesmo deficiente a pessoa pode ser igual porque são capazes de fazer tudo que uma pessoa com visão perfeita faz”. Relataram, ainda, como foi interessante a visita à sala da biblioteca com livros bastante interessantes e também a diversidade que existe na brinquedoteca da instituição.

A inclusão é um fato e nós, enquanto cidadãos e educadores, precisamos estar atentos a essa realidade. Dar acesso a uma vida de melhor qualidade no meio familiar, escolar, no lazer é assegurar condições de pleno exercício da cidadania para todos, sem discriminação, sem segregação e exclusões. A inclusão é exigente em seus propósitos. Trata-se de ideias desafiadoras para aqueles que assumem o compromisso de disseminar e garantir a todos o direito à diferença, na igualdade de direitos, em um mundo onde as pessoas ainda tem o hábito às diferenciações e a exclusão. O mais importante nesse trabalho foi mostrar e sensibilizar nossos alunos que todos podem ser incluídos no processo de aprendizagem, bem como também em todas as atividades do cotidiano”, pontuam as professoras Ana Patrícia e Daniela Feitosa, idealizadoras da visita dentro do projeto de inclusão e acessibilidade desenvolvido na disciplina de Ética e Cidadania, aliada à Produção de Textos.

O Comandante do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros – Coronel Nildson Oliveira, um entusiasta da educação inclusiva no ambiente escolar, pontua a relevância de reconhecer quão significativo é planejar, participar e contribuir na produção de ações estratégias de acessibilidade na área da educação. “Precisamos encarar os desafios de atuar como agentes efetivos de transformação social, propiciando condições satisfatórias na escola e na sociedade, atuando como vetores de transformação para uma sociedade inclusiva, onde todos tenham acesso e seus limites respeitados, assegurando espaço a todas as pessoas para que possam crescer e transformar o seu meio, a cada dia.”