Defesa Civil

O ensino da disciplina de Defesa Civil no CMCB, a cargo do major Aluízio, do tenente Teixeira e do tenente Paiva, teve início no ano de 2012, a partir de um projeto da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Cedec/CBMCE) aprovado pela direção do Colégio.

A motivação do projeto foi a previsão, na Constituição do Estado do Ceará – 1989 (art. 215, § 1º, inciso “b”), da obrigatoriedade do ensino de noções de defesa civil nos estabelecimentos de ensino público e privado; bem como a competência legal do CBMCE (Lei nº 13.875, de 07/02/2007, Art. 64) de desenvolver ações educativas de prevenção de incêndio, socorro de urgência, pânico coletivo e proteção ao meio ambiente.

A importância do ensino de Defesa Civil nas escolas tem ganhado destaque com o aumento do número e intensidade dos desastres naturais e tecnológicos nas últimas décadas. Diante desse cenário, o objetivo da disciplina é desenvolver, junto aos alunos, a cultura de percepção de riscos, de atuação na prevenção e mitigação de riscos, bem como de preparação e resposta adequada a desastres.

A disciplina está inserida na grade curricular do 8º ano do Ensino Fundamental, como disciplina obrigatória, sendo ministrada por bombeiros militares com formação acadêmica nas temáticas da disciplina e experiência profissional na Cedec/CBMCE.

São realizadas 2 horas/aula semanais com conteúdos relacionados:

i) à história, conceitos básicos e organização do sistema de Defesa Civil;
ii) aos principais riscos e desastres naturais (terremotos, tsunamis, estiagens, secas, baixa umidade do ar, inundações, enxurradas, alagamentos, tempestades, movimentos de massa, erosões, epidemias, desertificação e incêndios florestais) e tecnológicos (incêndios urbanos, colapso de edificações, rompimento de barragens, desastres e acidentes nos meios de transporte);
iii) ao monitoramento, alerta, alarme e desocupação emergencial;
iv) ao meio ambiente e mudanças climáticas; e
v) aos conceitos básicos, prevenção e primeiros socorros relacionados a choques elétricos, queimaduras, acidentes com pipas, afogamentos, engasgos, acidentes vasculares, acidentes com animais peçonhentos, quedas, cortes e produtos perigosos.

Também são realizadas aulas de campo, com visitas a órgãos de monitoramento hidrometeorológico (Funceme ou INPE) e a uma estação de monitoramento de tremor de terra, bem como aulas práticas, com simulado de desocupação emergencial, treinamento de primeiros socorros e uma oficina de confecção de um pluviômetro caseiro.

Todas as aulas têm um conteúdo escrito e um exercício a ser respondido, bem como a indicação de vídeos sobre o conteúdo. Os conteúdos são disponibilizados em plataforma digital. São também realizadas avaliações, nos mesmos moldes das demais disciplinas do currículo escolar.

Para avaliar o nível de desenvolvimento do conhecimento dos alunos, é aplicado, no início e no término do ano letivo, um questionário com perguntas sobre os conteúdos trabalhados no decorrer do ano. Os resultados do período de 2017 a 2020 demonstraram que há um aumento médio de 18% do nível geral de conhecimento dos alunos sobre os temas estudados.