CMCB é a escola pública do país com mais alunos nas seletivas internacionais de astronomia

8 de fevereiro de 2023 - 09:44

O funil foi grande. Quase 2 milhões de alunos de todo o país participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia desse ano. Uns poucos milhares foram convocados para a fase online da seletivas internacionais de astronomia. E agora pouco mais de 300 foram chamados para a fase presencial, na qual se destacam os alunos do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, que, com oito alunos, foi a instituição pública do país com a maior quantidade de convidados.

“O incentivo à participação nas olimpíadas é parte do ensino que procuramos oferecer no CMCB, fruto da dedicação de professores e militares, em parceria com pais e alunos, visando construir as melhores condições aos estudantes”, explica o tenente-coronel Francisco Albert Einstein Lima Arruda, comandante do CMCB e idealizador da disciplina de astronomia que a escola possui.

A preparação para as seletivas, processo que define os integrantes das equipes brasileiras nas competições internacionais de astronomia, é feita por meio de aulas práticas e teóricas que fazem parte das atividades do Clube de Astronomia do CMCB, chamado de AstroRQ.

As aulas começam no mês de fevereiro, inicialmente voltadas para a Olimpíada Brasileira de Astronomia, que é a porta de entrada para quem quer concorrer a uma vaga nas olimpíadas internacionais.

“Desde 2018, todos os anos temos alunos chamados para participar da etapa online das Seletivas. No ano passado tivemos os primeiros alunos que avançaram de fase, porém, por conta ainda da pandemia, ela foi online. Essa é a primeira vez que participaremos de uma etapa presencial”, explica o capitão Romário Fernandes, professor de astronomia da escola.

Nas seletivas propriamente ditas, o nível de dificuldade sobe bastante, com muitas questões que exigem um nível de conhecimento mais elevado em física e matemática, além de um domínio cada vez maior de conhecimentos na área da astronomia observacional.

Na fase presencial, além de questões envolvendo astrofísica em nível que já se aproxima do exigido no ensino superior, eles terão que enfrentar provas de planetário e de observação real do céu. O desempenho daí em diante é o que vai definir quais alunos representarão o Brasil nas edições de 2023 da Olimpíada Internacional de Astronomia (IOAA) e da Olimpíada Latinoamericana de Astronomia (OLAA).

“Como o resultado saiu na véspera de Natal e as provas já são em março, a gente não parou totalmente de estudar nas férias, pra tentar manter o ritmo e conseguir um bom resultado”, relata Nicholas Lage, aluno do 3º Ano do Ensino Médio que chega pela segunda vez a essa etapa das seletivas.