Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz celebra 25 anos de contribuição à educação cearense

14 de abril de 2023 - 16:33

Neste 13 de abril de 2023, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) parabeniza o Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB) pela comemoração dos seus 25 anos de serviços voltados à educação de crianças e jovens cearenses

Para comemorar a data festiva, o colégio realiza, nesta quinta-feira (13), uma solenidade comemorativa do Jubileu de Prata da instituição. O momento contará com homenagens aos militares, professores, servidores e ex-alunos, além da entrega da Medalha Comemorativa do Jubileu de Prata do CMCB, que foi idealizada para homenagear personalidades que contribuíram ativamente para o engrandecimento da história do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros.

Conforme aponta o coronel comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), Cláudio Barreto, durante os 25 anos de existência do CMCB, o foco na disciplina, no compromisso, nos estudos e no incentivo em participação em olimpíadas escolares, preparou jovens para as mais diversas profissões. “Atualmente, no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, existem vários oficiais e praças oriundos do Colégio. Médicos, advogados, engenheiros, professores, oficiais e praças das Forças Armadas, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros são alguns exemplos de profissionais que na sua infância e juventude frequentaram as carteiras escolares do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz. Por isso estamos jubilosos com essa data marcante. Anos dedicados à formação do caráter de cada cearense que passou no concurso para fazer parte do seleto grupo do CMCB. Temos todo o apoio do Governo do Estado e também da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, com isso o Corpo de Bombeiros Militar além de “Vidas alheias e riquezas salvar”, contribui para uma educação de qualidade a todos os cearenses”.

O comandante diretor do CMCB, tenente-coronel Albert Lima Arruda, faz parte da história do colégio desde a sua fundação, em 1998, e destaca como sua trajetória na instituição foi essencial para sua carreira. “Já atuei como professor de matemática e física, coordenador disciplinar, coordenador pedagógico e diretor administrativo financeiro. Eu já era professor de matemática antes de ser bombeiro militar, mas foi por fazer parte da construção da escola que me permitiu ser ambas as coisas e evoluir minha carreira dentro da instituição. Gosto da escola, gosto da vida escolar, gosto da educação, trabalho com a educação mesmo antes de ser bombeiro. É um ambiente dinâmico que nos torna pessoas melhores, principalmente quando você ajuda essas crianças e adolescentes a terem um ensino melhor, de qualidade e a se desenvolverem como cidadãos e profissionais”, explica.

História que marca a educação cearense

O Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB) iniciou suas atividades letivas em 13 de abril de 1988. Atualmente o CMCB é dirigido pelo tenente-coronel Albert Lima Arruda, acompanhado por uma equipe composta por militares, civis, servidores, terceirizados, professores efetivos e militares da corporação.

A instituição conta um corpo discente composto por 1.075 alunos, distribuídos do 1°ano do Ensino Fundamental I ao 3º ano do Ensino Médio, nos turnos manhã e tarde. Já o corpo docente é formado por 90 professores, entre civis e militares. O colégio funciona também no turno da noite para o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), metodologia dedicada aos alunos fora de suas respectivas faixas etárias.

A professora Rosa Maria Feitosa Melo, que faz parte do corpo discente desde 2002, indica a importância da sua participação na formação de cidadãos e profissionais. “Nesses quase 21 anos de atuação no colégio, me sinto uma professora privilegiada por fazer parte dessa instituição que tanto faz em prol da educação. O CMCB é uma escola com uma educação diferenciada e que muito zela por um bom ensino e pela disciplina”, finaliza.

O CMCB também conta com uma estrutura física composta por 26 salas de aula, com dois auditórios com capacidade para 150 pessoas e 60 pessoas, respectivamente. Além de sala de Educação Musical, duas quadras cobertas poliesportivas, duas piscinas sendo uma semi-olímpica, laboratórios, além de outras repartições que garantem o apoio e o bom funcionamento.

A ex-aluna do CMCB, major Juliany Freire, atualmente assessora de comunicação e relações públicas do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), recorda seus tempos de colégio. “Ingressei no CMCB em 2000 e foi estudando no CMCB que despertei para o interesse de seguir uma carreira militar. Primeiramente porque foi minha porta de entrada para conhecer todo esse universo, pois não recebemos uma formação voltada apenas para passar no vestibular, mas sim para formar cidadãos e profissionais. Hoje já tenho quase 17 anos de serviço junto ao CBMCE e, com certeza, a minha formação educacional foi o meu maior incentivo a seguir essa carreira. Atualmente, também sou comandante do Corpo de Alunos do CMCB e é uma honra seguir fazendo parte da história da instituição”, conclui.

Para o aluno Guilherme Florêncio, do 9° ano, um dos melhores fatores de estar no CMCB é o incentivo a desenvolver seus talentos. “Estudo aqui desde o 1º ano do Ensino Fundamental e sempre sou encorajado a seguir descobrindo no que posso ser talentoso. Seja na banda, na fanfarra ou no clube de robótica, que são atividades que faço parte e que me sinto muito muito incentivado pelos nossos professores”, finaliza.

Resultados de destaque

Dentre os resultados dos alunos do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, um dos destaques mais recentes foi a obtenção de notas iguais ou superiores a 800 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por mais de 40 estudantes que concluíram o Ensino Médio, em 2022.

Em março deste ano, os alunos também foram premiados na Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico (OBRL). Ao todo, foram 71 medalhistas do CMCB na edição 2022, entre alunos do 4º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

Além dos bons resultados, o CMCB é a única escola pública do Brasil que conta com disciplina obrigatória de astronomia, a partir do 7º ano do ensino fundamental. O que favorece o desempenho dos estudantes na Olimpíada Brasileira de Astronomia e na Mostra Brasileira de Foguetes.

Breve histórico

O Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB) foi criado provisoriamente em fevereiro de 1998, por meio de um convênio celebrado entre o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará e a Secretaria da Educação Básica do Ceará, (Seduc). O primeiro dia letivo do colégio ocorreu em 13 de abril do mesmo ano, ficando essa data como o marco inicial do funcionamento da Instituição e comemorativa do seu aniversário.

Localizado na capital cearense, o educandário herdou as instalações da extinta Escola Estadual de Nutrição Agnus Junes, às quais foi acrescido, por doação federal, o terreno vizinho onde funcionou por muitos anos a Companhia Brasileira de Alimentação (Cobal).

Teve como primeiro comandante o coronel Antônio Ésio Almeida Silva. Funcionou, naquele primeiro ano com 18 turmas, nos turnos da manhã e da tarde, atendendo a todas as séries da escolaridade regular, exceto as séries concludentes de cada nível (fundamental e médio).

Devido aos resultados apresentados inicialmente e à grande procura da população, o Governo do Estado do Ceará resolveu agregá-lo à Seduc, inserindo o CMCB no rol das escolas estaduais por meio da Lei Estadual Nº 12.999, de 14 de janeiro de 2000.

Por meio do decreto nº 27.251, de 17 de novembro de 2003, data de aniversário da escritora Rachel de Queiroz, o colégio passou a ter a denominação histórica de Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB-ERQ).

Além dos objetivos educacionais previstos na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o CMCB, tem como objetivo preparar os discentes como formadores de opiniões, ousados, empreendedores, participativos, respeitosos dos direitos humanos, solidários e construtores de uma sociedade justa, humana e fraterna, inspirada nos princípios morais e éticos que presidem as relações sociais nas nações livres e civilizadas.